Entenda Dislexia, TEA e TDAH em Crianças: Dicas para Inclusão

Imagine esta situação: Ana travava na leitura enquanto Pedro não parava quieto na cadeira ao lado, e eu, numa reunião na escola, percebi que algo os conectava. Dislexia, TEA (Transtorno do Espectro Autista), e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) – nomes que você já ouviu, mas que parecem um mistério. Como mãe, professora, ou alguém curioso sobre as semelhanças entre dislexia, TEA e TDAH em crianças, já estive nessa posição. Por trás dos rótulos, há muito em comum. Hoje, convido você para uma conversa sincera sobre como essas semelhanças podem guiar a educação inclusiva, ajudando crianças incríveis a brilharem, cada uma com um talento único. Saiba mais sobre educação inclusiva.
O que São Esses Transtornos? Um Mapa Inicial
Antes de explorar as semelhanças, vamos entender cada transtorno. Pense nisso como um mapa para nossa jornada na educação inclusiva:
- Dislexia: Transtorno de aprendizagem que dificulta leitura e escrita, não ligado à inteligência, mas ao processamento da linguagem escrita. Ana, 10 anos, adora histórias, mas trava ao ler um parágrafo – seu cérebro processa letras de forma diferente, segundo a International Dyslexia Association.
- TEA: Caracterizado por desafios na comunicação social, comportamentos repetitivos, e interesses restritos. Lucas, 7 anos, organiza carrinhos por cor, mas evita responder à professora – o mundo social é um quebra-cabeça para ele, conforme explica a Organização Mundial da Saúde.
- TDAH: Marcado por desatenção, impulsividade, e hiperatividade, afetando foco e controle de impulsos. Pedro começa cinco tarefas em um minuto e não termina nenhuma – seu cérebro “troca de canal” rápido, como indica o National Institute of Mental Health.
Esses retratos mostram diferenças, mas o que os une?
👉 Explore mais sobre TDAH no post: “Desvendando TDAH: Mitos e Verdades para Famílias e Profissionais”
Semelhanças entre Dislexia, TEA e TDAH: O que Conecta?

Apesar de únicas, dislexia, TEA, e TDAH compartilham traços que, quando compreendidos, abrem portas para a inclusão escolar. Todos têm raízes neurobiológicas: a dislexia bagunça palavras, o TEA filtra o mundo de forma singular, e o TDAH acelera tudo. Não são raros – a dislexia afeta 5–10% das crianças, o TEA 1–2%, e o TDAH até 5%, segundo a Associação Brasileira de Dislexia e o Ministério da Saúde. Em uma sala de 30 alunos, é provável encontrar pelo menos uma criança com esses transtornos. Vamos às semelhanças:
- Dificuldades de Aprendizagem
Ana demora a decifrar textos, Lucas não capta instruções implícitas como “arrume suas coisas”, e Pedro nem ouve a professora, mexendo no estojo. O resultado? Ficam para trás, cada um por um motivo. Já imaginou como isso é frustrante para eles? Conte nos comentários! - Desafios na Atenção e Concentração
Ana se perde nas letras, Lucas foca nos carrinhos e ignora o resto, Pedro não para quieto. É como um rádio mal sintonizado – às vezes pega o sinal, às vezes só chiado. Isso exige estratégias para escola adaptadas, não punição. - Impacto Emocional
A frustração pode virar ansiedade ou baixa autoestima sem apoio. Ana já se sentiu “burra” por não ler como os colegas. Lucas chorou por não entender risadas. Pedro ouviu tanto “se comporta!” que acha que é um problema. Essas emoções moldam sua autoimagem, destacando a importância do apoio emocional na inclusão.
👉 Veja dicas para concentração no post: “Guia de Sinais de TDAH na Primeira Infância: Como Acolher e Apoiar”
Quebrando os Mitos sobre Dislexia, TEA e TDAH
- “Dislexia é falta de inteligência.” Falso! Ana cria histórias incríveis – só precisa de métodos alternativos, como gravar ideias.
- “Crianças com TEA evitam contato visual.” Nem sempre. Um menino com TEA que conheci falava de trens incessantemente, mas tinha crises com barulho.
- “TDAH é falta de limites.” Errado. É neurobiológico – punir Pedro é injusto.
- “Esses transtornos impedem o sucesso escolar.” Mito. Com apoio, essas crianças brilham.
Tabela Comparativa: Dislexia, TEA e TDAH

| Transtorno | Característica Principal | Desafio Escolar | Estratégia de Inclusão |
|---|---|---|---|
| Dislexia | Dificuldade na leitura/escrita | Decodificar textos | Textos simplificados, gravador |
| TEA | Comunicação social/repetitividade | Seguir instruções implícitas | Rotinas visuais, cantinho calmo |
| TDAH | Desatenção/hiperatividade | Foco em tarefas | Pausas sensoriais, reforço |
Descrição Textual: A tabela compara dislexia (dificuldade na leitura), TEA (desafios sociais), e TDAH (desatenção), com estratégias como rotinas visuais e pausas, baseadas em estudos da Associação Brasileira de Dislexia e NIMH.
A Importância do Diagnóstico Correto
- João: Chegou com dificuldades de leitura e agitação. Suspeita inicial de TDAH revelou traços de TEA. Atividades visuais e pausas o ajudaram a progredir.
- Sofia: Aos 9 anos, lia mal e vivia ansiosa. Diagnosticada com dislexia e leve TDAH, ganhou tempo extra em provas e um caderno organizado pela mãe, escrevendo histórias que antes pareciam impossíveis.
👉 Saiba como identificar dislexia e acolher a aprendizagem com mais empatia no post: “Comorbidades na Escola: Estratégias para Inclusão e Aprendizagem”
Dicas Práticas para Promover Inclusão

- Observe comportamentos: Anote se Pedro mexe no estojo toda manhã ou se Lucas evita barulho. Essas pistas guiam intervenções.
- Rotinas visuais: Um quadro com ícones (café, escola, brincadeira) ajuda Lucas e Pedro, trazendo segurança.
- Reforço positivo: “Você tentou, que legal!” faz Ana sorrir e tentar novamente. Já testou elogios? Conte como foi!
- Valorize talentos: Ana ama histórias? Dê um gravador para narrar. Lucas gosta de carrinhos? Use-os para ensinar números.
O Papel de Pais, Educadores e Profissionais na Inclusão
A colaboração é essencial para a educação inclusiva. Uma mãe e uma professora criaram um cantinho calmo para um menino com TEA – ele passou de crises diárias a participar mais. João adorou organizar lápis ali. Psicólogos e fonoaudiólogos podem sugerir estratégias, como exercícios de leitura para Ana ou regulação emocional para Pedro.
👉 Conheça mais sobre como comorbidades afetam o ambiente escolar e o comportamento: “Como as Comorbidades Impactam a Aprendizagem e o Comportamento Escolar?”
Vamos Juntos Mudar Essa Realidade?
O que une dislexia, TEA, e TDAH? A luta para se encaixar num mundo que nem sempre entende. Mas acredito no potencial dessas crianças – Ana escrevendo um best-seller, Lucas projetando pontes, Pedro cruzando a linha de chegada. Eles precisam de nós para ouvir mais e julgar menos.
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👉 No próximo artigo, Como as Comorbidades Impactam a Aprendizagem e o Comportamento Escolar?, exploramos estratégias para a escola. Junte-se a nós!




